O rio que banha a obra de Juçara Marçal é caudaloso e desvenda novos afluentes a cada novo disco lançado. Em “Delta Estácio Blues”, de 2021, o encontro das águas do blues com o samba é o mote da faixa-título assinada por Rodrigo Campos – que faz uma analogia improvável sobre o visionário bluesman do Mississipi Robert Johnson e o seminal trio de sambistas da Estácio de Sá formado por Baiaco, Bide e Ismael Silva. Não há quase nada muito explícito, no entanto, de um gênero ou outro na construção estética da obra. O repertório traz composições de Fernando Catatau, Rodrigo Ogi, Siba Veloso, Tulipa Ruiz e outros.

A voz de Juçara mais uma vez sai da zona de conforto para nadar de braçada em um mar de bases eletrônicas criadas por seu parceiro mais frequente e produtor do álbum, Kiko Dinucci. A instrumentação é normalmente ruidosa, exala violência, beija o caos com uma traquitana de referências que combinam o rap neurótico de Danny Brown, “Check Your Head” (Beastie Boys, 1992), pós-punk, Neneh Cherry, free jazz, trip hop e Itamar Assumpção. Juçara e Kiko, no entanto e como sempre, encontram sua própria identidade em mais esse mergulho de peito aberto nas profundezas do inconcebível sem precedentes.


☆☆☆ “Disco do Ano” APCA 2021
☆☆☆ “Álbum do Ano” Prêmio Multishow 2021
☆☆☆  “Canção do Ano” para Crash no Prêmio Multishow 2021
☆☆☆  "Produtor do Ano - Kiko Dinucci" no Prêmio Multishow 2021
☆☆☆  "Inovação em videoclipe" para Crash no MVF Awards Brasil 2021

um lançamento Goma Gringa e QTV • gglp-020 • qtv055

LP JUÇARA MARÇAL "DELTA ESTÁCIO BLUES" • gglp-020

R$229,90
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O rio que banha a obra de Juçara Marçal é caudaloso e desvenda novos afluentes a cada novo disco lançado. Em “Delta Estácio Blues”, de 2021, o encontro das águas do blues com o samba é o mote da faixa-título assinada por Rodrigo Campos – que faz uma analogia improvável sobre o visionário bluesman do Mississipi Robert Johnson e o seminal trio de sambistas da Estácio de Sá formado por Baiaco, Bide e Ismael Silva. Não há quase nada muito explícito, no entanto, de um gênero ou outro na construção estética da obra. O repertório traz composições de Fernando Catatau, Rodrigo Ogi, Siba Veloso, Tulipa Ruiz e outros.

A voz de Juçara mais uma vez sai da zona de conforto para nadar de braçada em um mar de bases eletrônicas criadas por seu parceiro mais frequente e produtor do álbum, Kiko Dinucci. A instrumentação é normalmente ruidosa, exala violência, beija o caos com uma traquitana de referências que combinam o rap neurótico de Danny Brown, “Check Your Head” (Beastie Boys, 1992), pós-punk, Neneh Cherry, free jazz, trip hop e Itamar Assumpção. Juçara e Kiko, no entanto e como sempre, encontram sua própria identidade em mais esse mergulho de peito aberto nas profundezas do inconcebível sem precedentes.


☆☆☆ “Disco do Ano” APCA 2021
☆☆☆ “Álbum do Ano” Prêmio Multishow 2021
☆☆☆  “Canção do Ano” para Crash no Prêmio Multishow 2021
☆☆☆  "Produtor do Ano - Kiko Dinucci" no Prêmio Multishow 2021
☆☆☆  "Inovação em videoclipe" para Crash no MVF Awards Brasil 2021

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