Gravado em novembro de 1979 nos estúdios da Polygram, Mel foi lançado no mês seguinte. Como os outros discos dessa fase na carreira da cantora, Mel foi produzido por Perinho Albuquerque. O estilo do segue o do seu antecessor, com canções apaixonadas, porém em Mel a sonoridade fica mais leve. Entre os compositores, além de Caetano Veloso, Chico Buarque, Wally Salomão, Gonzaguinha e Lupicínio Rodrigues, Bethânia gravou pela primeira vez canções da dupla Ana Terra e Joyce, da estreante Ângela Rô Rô e do seu músico Túlio Mourão. Da mesma forma que outros discos da carreira da cantora, foi um grande sucesso, rendendo-lhe mais de oitocentas mil de cópias. Os maiores sucessos de Mel foram a faixa título, "Cheiro de Amor" e "Grito de Alerta". A divulgação ocorreu a partir de um espetáculo de mesmo nome.

Em 1979, Maria Bethânia estava colhendo os frutos que Álibi trazia pelo grande sucesso de vendas. A cantora agora era uma das mais populares e a artista feminina que mais vendia no Brasil. Nessa fase da carreira, contava com Perinho Albuquerque como produtor e regente. O disco de 1979 seguia o caminho de Álibi, com repertório que consiste em uma mistura de canções românticas, sensuais, dramáticas e passionais. Porém, Mel contém um clima geral menos tenso. O amor é cantado com mais liberdade e satisfação. Desde a arte do LP, passando pelas letras e sonoridades, o disco é uma versão mais leve e iluminada de Álibi.

O tema da sexualidade é buscada em várias canções e de diversas formas. "Da Cor Brasileira" mostra na letra uma mulher descrevendo seu amado sem pudores e de forma inovadora na música. "Ela e Eu", apesar de ser uma canção sobre um amor heterossexual, abria interpretações paralelas por ser cantada pela intérprete; posteriormente a canção foi regravada por outras cantoras lésbicas como Marina Lima e Simone. A canção "Mel", com sonoridade caribenha, tornou-se um hino lésbico, em que o eu-lírico se entrega apaixonado a uma personagem feminina e forte. "Grito de Alerta", apesar de não sugerir na sua letra, foi escrita a partir de uma história homossexual.

Outros temas também ocorrem. Enquanto a maioria das faixas fala sobre amor e desejo de uma forma livre e feliz, em "Ela e Eu" aparece a tristeza da separação.

Como o compositor da canção chamava. O tema mais singular é o de "Queda d'Água", em que os assuntos do amor são deixados de lado para um encontro com o misticismo junto a natureza.

Na época, duas canções fizeram parte da trilha sonora de telenovelas da Rede Globo: a primeira foi "Grito de Alerta" que era reproduzida em Água Viva.[9] Bethania chegou até a participar de um capítulo da trama, interpretando a canção em um espetáculo. Na novela seguinte, chamada Coração Alado, a canção reproduzida foi "Ela e Eu".

Maria Bethânia também gravou um videoclipe de "Da Cor Brasileira" para ser exibido no programa Fantástico, também da mesma emissora e que costumava na época exibir videoclipes de artistas da MPB. No final do ano de 1980, Bethânia foi a única artista convidada a participar no popular especial de fim ano Roberto Carlos; a canção interpretada foi "Grito de Alerta", além de "Desabafo", canção que Roberto e Erasmo fizeram para Bethânia, mas que acabou ficando de fora de Talismã (1980).

No ano de 1980 Maria Bethânia iniciou as apresentações do Show Mel no Canecão, batendo récordes de público. O show, com a regência de Perinho Albuquerque e direção de Waly Salomão, apresentava todas as canções de Mel, com exceção de "Queda d'Água". Havia também seis canções de Álibi, seu antecessor, que ainda eram sucesso. Entre os textos apresentados, estão alguns da própria cantora, de Waly e do modernista Murilo Mendes. Outros destaques são "Café da Manhã" da dupla Roberto e Erasmo Carlos, "Anjo Exterminado" de Jards Macalé e Waly Salomão e "Muito Romântico" de Caetano Veloso.

Sobre o show, Bethânia conta que "era um espetáculo festivo, era uma comemoração, era uma orquestra inteira no palco (...) não tinha nada de teatralidade, era para ser recital mesmo". Na época, foi noticiado nos jornais uma suposta briga entre Bethânia e Elifas Andreato (o criador da capa e o criador da cenografia do show). Como Elifas adorava ver a cantora se movimentando no palco, colocou muitas flores neste para que ela fosse cantando de flor em flor. Porém, Bethânia sentia dificuldade em contracenar com aquela decoração, pelo fato das passagens serem estreitas e as flores tirarem completamente sua atenção. A cantora, então, tirou todas elas, deixando apenas um fundo florido. A mídia chegou a dizer que Bethânia quebrara tudo com um martelo, fato desmentido por ela em entrevista.

Faixas: 

1.         "Mel"  Caetano Veloso / Waly Salomão      

2.         "Ela e Eu"        Caetano Veloso         

3.         "Cheiro de Amor"       Paulo Sérgio Valle / Jota Morais / Ribeiro / Duda Mendonça         

4.         "Da Cor Brasileira"     Ana Terra / Joyce      

5.         "Loucura"        Lupicínio Rodrigues   

6.         "Gota de Sangue"       Ângela Rô Rô 

7.         "Grito de Alerta"         Gonzaguinha 

8.         "Lábios de Mel"          Waldir Rocha 

9.         "Amando sobre os Jornais"    Chico Buarque           

10.       "Nenhum Verão"        Túlio Mourão 

11.       "Infinito Desejo"         Gonzaguinha 

12.       "Queda d’Água"          Caetano Veloso

CD Maria Bethânia - Mel

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Gravado em novembro de 1979 nos estúdios da Polygram, Mel foi lançado no mês seguinte. Como os outros discos dessa fase na carreira da cantora, Mel foi produzido por Perinho Albuquerque. O estilo do segue o do seu antecessor, com canções apaixonadas, porém em Mel a sonoridade fica mais leve. Entre os compositores, além de Caetano Veloso, Chico Buarque, Wally Salomão, Gonzaguinha e Lupicínio Rodrigues, Bethânia gravou pela primeira vez canções da dupla Ana Terra e Joyce, da estreante Ângela Rô Rô e do seu músico Túlio Mourão. Da mesma forma que outros discos da carreira da cantora, foi um grande sucesso, rendendo-lhe mais de oitocentas mil de cópias. Os maiores sucessos de Mel foram a faixa título, "Cheiro de Amor" e "Grito de Alerta". A divulgação ocorreu a partir de um espetáculo de mesmo nome.

Em 1979, Maria Bethânia estava colhendo os frutos que Álibi trazia pelo grande sucesso de vendas. A cantora agora era uma das mais populares e a artista feminina que mais vendia no Brasil. Nessa fase da carreira, contava com Perinho Albuquerque como produtor e regente. O disco de 1979 seguia o caminho de Álibi, com repertório que consiste em uma mistura de canções românticas, sensuais, dramáticas e passionais. Porém, Mel contém um clima geral menos tenso. O amor é cantado com mais liberdade e satisfação. Desde a arte do LP, passando pelas letras e sonoridades, o disco é uma versão mais leve e iluminada de Álibi.

O tema da sexualidade é buscada em várias canções e de diversas formas. "Da Cor Brasileira" mostra na letra uma mulher descrevendo seu amado sem pudores e de forma inovadora na música. "Ela e Eu", apesar de ser uma canção sobre um amor heterossexual, abria interpretações paralelas por ser cantada pela intérprete; posteriormente a canção foi regravada por outras cantoras lésbicas como Marina Lima e Simone. A canção "Mel", com sonoridade caribenha, tornou-se um hino lésbico, em que o eu-lírico se entrega apaixonado a uma personagem feminina e forte. "Grito de Alerta", apesar de não sugerir na sua letra, foi escrita a partir de uma história homossexual.

Outros temas também ocorrem. Enquanto a maioria das faixas fala sobre amor e desejo de uma forma livre e feliz, em "Ela e Eu" aparece a tristeza da separação.

Como o compositor da canção chamava. O tema mais singular é o de "Queda d'Água", em que os assuntos do amor são deixados de lado para um encontro com o misticismo junto a natureza.

Na época, duas canções fizeram parte da trilha sonora de telenovelas da Rede Globo: a primeira foi "Grito de Alerta" que era reproduzida em Água Viva.[9] Bethania chegou até a participar de um capítulo da trama, interpretando a canção em um espetáculo. Na novela seguinte, chamada Coração Alado, a canção reproduzida foi "Ela e Eu".

Maria Bethânia também gravou um videoclipe de "Da Cor Brasileira" para ser exibido no programa Fantástico, também da mesma emissora e que costumava na época exibir videoclipes de artistas da MPB. No final do ano de 1980, Bethânia foi a única artista convidada a participar no popular especial de fim ano Roberto Carlos; a canção interpretada foi "Grito de Alerta", além de "Desabafo", canção que Roberto e Erasmo fizeram para Bethânia, mas que acabou ficando de fora de Talismã (1980).

No ano de 1980 Maria Bethânia iniciou as apresentações do Show Mel no Canecão, batendo récordes de público. O show, com a regência de Perinho Albuquerque e direção de Waly Salomão, apresentava todas as canções de Mel, com exceção de "Queda d'Água". Havia também seis canções de Álibi, seu antecessor, que ainda eram sucesso. Entre os textos apresentados, estão alguns da própria cantora, de Waly e do modernista Murilo Mendes. Outros destaques são "Café da Manhã" da dupla Roberto e Erasmo Carlos, "Anjo Exterminado" de Jards Macalé e Waly Salomão e "Muito Romântico" de Caetano Veloso.

Sobre o show, Bethânia conta que "era um espetáculo festivo, era uma comemoração, era uma orquestra inteira no palco (...) não tinha nada de teatralidade, era para ser recital mesmo". Na época, foi noticiado nos jornais uma suposta briga entre Bethânia e Elifas Andreato (o criador da capa e o criador da cenografia do show). Como Elifas adorava ver a cantora se movimentando no palco, colocou muitas flores neste para que ela fosse cantando de flor em flor. Porém, Bethânia sentia dificuldade em contracenar com aquela decoração, pelo fato das passagens serem estreitas e as flores tirarem completamente sua atenção. A cantora, então, tirou todas elas, deixando apenas um fundo florido. A mídia chegou a dizer que Bethânia quebrara tudo com um martelo, fato desmentido por ela em entrevista.

Faixas: 

1.         "Mel"  Caetano Veloso / Waly Salomão      

2.         "Ela e Eu"        Caetano Veloso         

3.         "Cheiro de Amor"       Paulo Sérgio Valle / Jota Morais / Ribeiro / Duda Mendonça         

4.         "Da Cor Brasileira"     Ana Terra / Joyce      

5.         "Loucura"        Lupicínio Rodrigues   

6.         "Gota de Sangue"       Ângela Rô Rô 

7.         "Grito de Alerta"         Gonzaguinha 

8.         "Lábios de Mel"          Waldir Rocha 

9.         "Amando sobre os Jornais"    Chico Buarque           

10.       "Nenhum Verão"        Túlio Mourão 

11.       "Infinito Desejo"         Gonzaguinha 

12.       "Queda d’Água"          Caetano Veloso